domingo, dezembro 30, 2007

Silencio para os esquecidos...

Tempo passa em seu redor como se brisa de nada fosse, igual ao silencio incansável que mortifica este local.
O Mesmo grita a importância daqueles que hoje jazem aqui, visíveis ou não o que importa é que já estão mortos! Ali estão, como se muitos se importassem, estendidos e fresquinhos como se ainda vivessem, suas expressões não mudaram e os animais ainda não tiveram coragem de lhes tocar.
Transpiram memorias de tempos que acabaram e pelo que se vê são de menor relevância...
"São apenas mortos.."
Sim... mas merecem o silencio? nem um ultimo adeus recebem e dentro em breve menos se vai se perceber quem são!
São mais uns que foram esquecidos, só que tiveram sorte...
A sorte de morrerem pois andam outros vivos no mesmo pútrido silencio numa fatídica busca para terminar com o silencio que criaram..
Não...
Que dizes tu?

Que sabes tu do sofrimento, e dos gritos mudos que lançam no desespero! Pobres almas condenadas ao desespero eterno do esquecimento que seu entes perpetuam com um silencio total em sua memoria enquanto os vêm bem sem te darem a mão quando a pedem e gritam por ela!
Vagueiam no silencio e nada conseguem dizer, desesperam nesta solidão tão cheia, de gente, de esquecidos... os mesmos que tentam passar e em gritos ensurdecedores perdem os últimos suspiros de existência. Acabam ali por tudo o que fizeram..
Acabam...
Como o silencio, que morre com a civilização e que renasce com o esquecimento.

sábado, dezembro 08, 2007

O florir d'água

Na grandiosidade imposta pelo sentimento que nos sofre em mutuo consentimento, eu perco-me escrevendo doces caricias que troco em longas horas em teus braços onde nada mais faz sentido se não nós, mas hoje, espero teu regresso onde a mesma saudade é sentida à flor da pele e nos faz contar as horas distantes e a cada momento recordar e nos faz desejar que o tempo corra para parar nos braços ternurentos que com doces trocares de olhares se desfecha em ternurentos gestos que desabrocham a beleza de um nós perfeito, um nós que se isola do mundo fazendo sorrir as duas crianças tão crescidas que somos!

É no tempo que as vezes para que temo o fim, mas tu estás lá e o teu olhar segura me e faz me correr para os teus braços e só em ti acho a segurança e o carinho que me faz levantar a cabeça e lutar por tudo, pelo nosso mundo de sorrisos, canções e ternura, pelo futuro que vai lá à frente e de mão dadas voamos como quando a lua nos chama para o nosso cantinho secreto onde nos perdemos juntos nos sonhos que são nossos!
O jardim de nosso palácio aos poucos se enche de memorias que embelezam e enriquecem o nosso tudo.
Abraçados vemos tudo à nossa volta florir após a tempestade, porque depois da chuva vem o sol e com ela o desabrochar de um milhão de flores que iluminam o nosso caminho onde voaremos juntos, sim?