quarta-feira, setembro 26, 2007

Dead end...

Passa mais um dia como tanto outros, janelas fecham e portas imitam. Constante a correria tão parada desta triste rotina que me sugam o que possa pensar.

Branco como uma folha de papel é o meu pensamento já exausto de tanto uso, mas amesma agora está manchada com o que fiz...

Afinal não está assim estão branca, a culpa não é cega nem o meu olhar vão. Apenas sei que sinto esta imensa solidão merecida por tanto que fiz sem saber nem me aperceber...
É só mais um dia afinal.

As folhas caiem e o vento sufoca-me, voltou o outono outra vez.
Mais um como todos aqueles que escreves e deitas fora, mas agora...

Neste beco não vejo a saida e limito-me a escreve-lo se o ver bem. Sinto-o e não o quero...
É lindo sim, como as dezenas de avenidas que se enchem com o teu aroma e tuas cores.
És passado presente que me destrói aos poucos mas que importa...

De tempos a tempos eu morro em frente tudo e ninguém o nota, sou só mais um peso para todos. Apenas mais um a sofrer por algo ridículo como...

Que interresa? isto é só mais um beco sem saida onde morro outra vez...

sábado, setembro 22, 2007

Luz de pele..

Sento-me a beira desse nada olhando para a lua entre estas incomunicativas nuvens.
Mal te vejo e nada te posso fazer, a espera que os ramos desçam vejo que me regenero e de teu anjo começo a ficar ciente mas saudade te trás a meus olhos enquanto olho e vejo que me falta algo...

Como aqueles domingos de criança em que a praia era pura e se pisavam vinagreiras sem as vermos, ou como aquelas tardes passadas no barulho da inexperiência e que eu trocava por umas horas a teu lado, ou talvez as horas de caricias ao teu colo e desabafar e a receber festinhas até ao silencio que nos deixava a trocar olhares, onde nada são más memorias mas deixas de ser meu fantasma porque me falta um umbigo...
No meio destes vazios lunares que se vêm a ser cobertos aos poucos por mim, mas nem a folhas preenchidas nem as doentias saidas em tua busca me completo, pois tanto que faltou agora quero olhar.

Falta-me aquele umbigo...
Aquele botão, aquele remendo para concluir os vazios que tão carinhosamente deixo em minha pele, aqueles que em nossas guerras dançadas e mãos dadas foram feitos pelas palavras que ao luar as li e que pesavam o peso desta noite, estrelada e com aquele quarto decrescente...
Vento parado na altura que as lágrimas escorriam, essas que param e deram a nervos de preocupação...

Uma luz, queria após coser o que me faltava, pois agora posso voltar a estar bem mas onde estás tu?
Na pele eu queria sentir tu a aproximares-te e dares-me essa luz e acalmares a minha pele.
Só te peço uma luz, essa luz de pele que de tão nossa é!

Aos poucos temo-te perder para sempre e sem meu lugar ficarei e só gostava de ter-te a ti como minha ruivinha que me ouvia pois serás a única pessoa que me soube acalmar...sim preciso de um "umbigo" para me completar porque vai haver coisas que nunca me poderás voltar a dar, pois assim o disses-te e assim o vou remoer até as lágrimas não se lembrarem de sair!

quarta-feira, setembro 19, 2007

Do saltar pr'as nuvens...

Saltam os dias uns atrás dos outros, como se fossem em vão.
Da minha mente saem enigmas que não me data a sua existência, no entanto o mínimo dos problemas se torna...
Os que não param nem dizem de si me preocupam e me deixam em duvida sim, mas que posso fazer quando nem teu paradeiro sei? preocupas-me de uma forma estranha...
Entre ti e muito existem mais a quem me preocupam, como a queda e silenciamento da menina dos piercings que agora nos deixa em saber o que fazer, ou mesmo a leão que apareceu se saber de onde e em mim conseguiu criar enigmas que talvez nem sonha criar ou então os faz e me faz lembrar o quão estranhos somos... Não desses ser se trata este dia, pois é como mais um me faz lembrar as pessoas que aparecem e se calam ou as que viram costas e te passam ao lado...
É um dia que me faz lembrar uma rua movimentada no meio de uma grande avenida onde nos bancos estão sentados os amigos que tantas vezes vos peço desculpas por estar sempre tão ausente e bem lá no fundo em frente a mim de pé a espera de um passo estou eu a tua frente sem saber o que fazer ou dizer.
Simplesmente a espera como mais um sem resposta possível?
Eu só te quero ver feliz mas não te sinto assim, gostava que por algum dia que por muito difícil que seja largasses o teu orgulho e visses que há algo a falhar e tu sabes bem disso...

E tal vez um dia, saber viver sem mim e morrer ao cair da lua e voar até aquelas nuvens e ver tudo e todos, mas só cuidar e voltar a me matar por ti...

quinta-feira, setembro 13, 2007

Estarás?

Sei que me repito e agora de mim mesmo fugi, pedi-me e nem sei onde me procurar...
A chuva parou mas cá dentro não para de trovejar, o que se passa com o meu lar?

Fugi contigo e agora só resta minha carcaça que lentamente os fantasmas consome, os nossos, os teus, os meus, os malditos que a meses me consomem o que resta de mim. Tento me mexer mas será que estás?
Perdi-me no tempo e só sei escrever estas melancólicas junções de palavras, e mais uma vez cansativas se tornam só de se ler, como se não estivesses mas infelizmente não para de me dar sinais e desapareces deixando-me no ar questionando sobre essa carcaça que jaz quase morta...

Chama-te e implora-te por a vida que perdeu, mais uma vez repete-se incessantemente teu nome perdendo a fria lucidez e cai de lado e mais um chuvoso dia ele torna a ver...

Teus lentos passos, bailando na chuva com esse teu sincero sorriso em minha direcção, mas será que estarás?

quarta-feira, setembro 12, 2007

Obsoleta razão...

Pois nem a ti te consegues responder para que tentares ter razão quando nunca a terás?!
Tornas-te inútil e magoas-te sem teres tempo para te curar, tu e essa odiosa cegueira! Sim essa que por causa dessa tua fraca oposição a essa obsessão continuas a fazer-te chorar e sem te perdoares assustas-te, afastas-te e perdes todo o teu lar.
Ficas no chão e sem conseguires, chamam-te a razão mas tu respondes então:
'Deixem-me acabar comigo e com esta eterna perdição...'

terça-feira, setembro 11, 2007

Lacrimejo Chuvoso...

Rebato-me contra as paredes e não param de cair, anormal lacrimejo que de tanto me debater se mantem intocável, mas tem de parar e mesmo assim teima em não sarar como qualquer ferida que me deixas-te e dali não sai!

Agravas-me chuva que agora trovejas a janela sem par, raivosa e chorosa como eu por algo que nem tu compreendes. Junto-me a ti e nas ruas em que cais me rodeio do que és e acabando por ser um apenas contigo, como algumas vezes antes na minha historia mas que importa se não hoje? basta estas lágrimas que impiedosamente não param deixando a chuva para trás e acabando outra vez só enquanto o céu se abre as estrelas brilham, o cheiro bravio da terra que a chuva ensopou e as poças que a chuva deixam recordam-me as noites de Novembro que a muito perdidas deixam-me neste interminável inverno que me chove a cada momento de saudade.

E assim me deixo deitado no meio da estrada após a chuva a ver o céu que outr'ora fora brilhava como meus olhos e que agora chora como os mesmo.
Amainou este desespero e teu cheiro volta enquanto sinto-te a agarrar-me chorando por mim e no fim deixo-me adormecer mais uma noite nos teus braços.

Meu anjo o quantas lágrimas chorarei por ti mesmo que não queiras...

sexta-feira, setembro 07, 2007

Tempos de tempo...

Era, foi, já não é e nem voltará a ser...
Tanta coisa mas um grande nada de agora nem as memorias conseguíram completar o que se queria e agora vagueia-se como se não soubesse-mos quem eram ou que foram...
Baixo a cabeça e recordo anos e anos a fio que agora nem de um escasso e misero momento do presente pertencem...

Perdi-os? ou Perderam-me?
Não interessa já não estão... E os que estão a perde-los vejo.
No meio disto tudo ainda não acredito que ainda me deixa a chorar o perfume que ontem, hoje e à semanas que atormenta-me, o mesmo que só encontrava no teu pescoço o que me deixava em louco quando a saudade apertava e agora?
Dou em louco por não saber não poder ajudar não poder nada!
Dizes que nunca iras sair e afinal estás e a correr como me cuspiste otr'ora, que a mais tinhas para nem me ter e contra as palavras que tinhas em raiva mudam paras as mansas que simplesmente leio sazonalmente pois não estás e as escreves em breves momentos que a fugir de quem querias tanto e agora dou outra vez em louco cortando-me em roseirais que não me deixam sair e nem a doce orquídea que na minha visão rege a tua morte. A mesma que choro todas as noites e que fazem os gatos chorar a minha passagem, tal dor até eles sentem e eu afinal só te queria perto, mas...
Destruíste-me por dentro, como se não quisesses nada mas sabes com ninguém o tormento que passo e mesmo assim ando em direcção ao abismo e volto a ver o tempo como sempre a voltar a tempo... porque que me prendes ao tempo que dizes já não ser. Não dizes, ouves-me e olhas e não consegues responder mas eu digo também não quero saber.
Morreria em frente a teus olhos com o mesmo aroma que ainda aqui jaz e minhas ultimas palavras com os resto que a orquídea destruiu.
Morreu assim mais uma vez de saudade insano aos pés de toda sua loucura...