sexta-feira, julho 27, 2007

Fade to black

Respeitados seram aqueles que ali estaram, sentimos-los e não os conseguimos ignorar. Após tanto tempo a serem ignorados pelos outros olhamos em volta e deixamos os outros a morrer?

Não porque não têm como nunca teram tudo, apenas estão e fazem-se ver mesmo com aquilo que dizem que têm mas não têm apenas acham que sim...
São apenas mais uns que diferem de alguem que não consegue estar sozinho e bem.
Não estará porque não tem as asas para voar, porque se aturmenta em seu lar no seu canto a ver a maior mentira a se realizar... e ele sem poder actoar. Simplesmente está e não consege-te chamar, sabes que ele te chama e sabes que vais errar mas porque é que continuas a andar? ou a correr para um tal local escuro onde não te sentes bem, apenas acreditas que não existe esse local mas...
Será?

Dizes que estas a dar em louca mas tua loucura é simplesmente o que queres que pareca enquando o mesmo continua debruçado sobre si proprio onde na surda noite grita por algo que cure esse seu olhar...
E seu voar.
Não te vejo a voar, porque lhe pedes para tal?
A tua correria parece obrigação como qualquer patologia te obriga-se a que o fizesses, mas não, mas se não porque continuas a tentar voar sozinha? Sabes que sim, porque ele disse-me...
Como o sentes ele te sente e como pode estar ele bem se não estás?

O Anoitecer cai e mais uma vez deixa-o na sua escuridão, será que o queres acompanhar até ao ultimo dia?
Porque não nem ele nem tu tem um fim assim...

Porque este é o meu fim...

sexta-feira, julho 20, 2007

Ele...

Só mais uma noite agora no silencio que sai desse violino que tocas tão bem, não passa de ninguém, e o nada tu tocas.

És que criei para representar minha agonia, uma calmia que se vai em lágrimas sem um único soluço ou tremulo pestanejar. Tocas o silencio e vestes o tudo que de preto te vejo, não muito pois a sombra cobre-te quase todo deixando-te como se um eu fosse, mas não sou.

Não sei tocar o que tocas.

Que importa quando apenas fases parte de um pedaço que agora escrevo tão cegamente como tocas, fazes parte de uma mundo tão solito que desde sempre fui criando. És quem me caracterizas agora.

silencio.

Onde tu paras ninguém te quer ouvir.
Porque será?
Porque o silencio que tocas sabem que nas tuas lamurias tão banais se tornariam, pois não tens motivos, apenas morreste e ao luar tocas sobre a tua campa. Uma da muitas onde todos eles param.

Calmo e sombrio este cemitério no fim dessa floresta, mesma que me guarda e me liberta.
A musica que sempre correu por entre as árvores, descendo aquele riacho, não toca ai, nunca tocou, apenas o gélido silencio jaz aqui com sua lapide onde se diz...

"Memento morri"

Quem és e quem serás não saberei mas teu ultimo desabrochar, por fim teu ultimo suspiro, condenado por ti mesmo ao teu eterno silencio.

quarta-feira, julho 18, 2007

Restless...

Sentido, agora morto sobre a sua campa mermura umas quantas e indecifraveis palavras. Penoso seu sufrimento, mesmo após a hora ter chegado continua nesse mermurio, frio e só permanece ai então nesse canto como se não soubesse descansar, como se não tivesse sido perdoado, como se não esquece-se. . .

"É apenas mais um!"

dizem todos. . .

Mas permanece, fraco mas distante de tudo tornando a sua fraquesa, sua magoa, em tudo o que o suporta.
Mesma fraquesa que violentamente é negada como um falso sorriso, mas que permanece.

De tudo o que lhe resta só algo que em seu corpo permanece fazendo-o chorar piadosamente por não ter conseguido sair. Marcas e mais marcas permanecem no seu corpo, o mesmo que teima em não apodrecer, dentro de um nada onde jaz a sua campa, a mesma onde ele permanece sentado. Tudo lhe vai lá parar e teima tudo em o desacreditar, nem a orquidea que lá plantas-te gosta de ti ai.

Mas afinal quem és tu?

E ele responde:

"Apenas um tu...apenas um tu."

sábado, julho 07, 2007

Orchid...

Ah agora vejo que tudo o que criei cai por minha culpa e saio com um tão falso sorriso...

Tudo te destruiu e deixou-te assim, vazio, como se fosse só tua culpa.

Nada mais posso fazer se não seguir em frente crucificado com tua cruz que de lágrimas me cega todos os dias mas recuso-me a limpa-las por serei capaz de fazer o mesmo que me fizes-te...

Agora ficas magoado e de volta a teu mundo estás, e entre o teu absoluto vazio e tua felicidade bambas na corda que é a tua magoa que a tece. Apenas mais uma pagina que viras... mas será que queres virar?

Estou perdido a cair sem ti ou tu que queria deixo-me nesta pagina amaldiçoada por mim mesmo que não quero mais que se não vive-la, deixando-me morrer com este doce aroma... Letal e venenosa orquídea.

De nada te vale esconderes, escolhes-te rodear-te com a tua própria morte e agora tens que acartar com ela e em frente vais ter de caminhar.


Agora em frente a este espelho vejo nada mais se não apenas um grande vazio a que viro as costa, sem rancor nem remorsos o erro feito e agora está na hora de caminhar com esta magoa cravada bem fundo em meu peito...
Apenas mais uma vez sonhei...
E agora simplesmente tenho que fazer como se nada fosse, mesmo que as palavras não tenham morrido...

Porque este amo-te pode não morrer mas que me fez sofrer fez e agora vou o guarda numa caixa junto com essa orquídea roxa que me deixas-te... porque apenas amo-te...