quinta-feira, outubro 25, 2007

Num mundo de jardins teimosos...

Teimas-te em te bateres até deixares que cresce-se e daninha que pensas-te ser o fim do teu jardim, e cresci como era em volta criando arbustos e árvores que floriam e te fizeram olhar em volta do jardim que sou em meus sonhos, entre-cruze-os com a nossa realidade sonora que mistura delicadamente o teu violino com a acoustica que preenchem o vazio sonoro e que te faz bailar suavemente entre as dálias até ao mais subtil passar pelas roseiras que guardam as escadas para teu pedestal, lá bem no alto onde a lua ilumina e ronda o a minha noite e me transforma no teu mar que valsa a teu passo...

Nem todas as ervas daninhas são o que parecem e nós lutamos contra elas as vezes arrancando orquidias e eras de jardins sonhados a dois sem pensar de mãos dadas dançando bem juntinhos ao ritmo da chuva que nos cobre o corpo fazendo deste o passar do sexto para o sétimo perfeito dia na imaginação de quem em nós crê e quem em nós conhece, pois só nós nos sentimos como a chuva que nos toca e outr'ora jardim que limpavas crio eu o nosso canto que em mim cresceu e ficou com a tua marca do reflectir de tua luz quem em minha face despertou o eu que parou as lágrimas e lançou um sorriso deitando-me em teus braços após esta nossa guerra de jardins teimosos.

segunda-feira, outubro 22, 2007

Folha no meio de caminho algum...

Caminhas em volta de cruzamentos vazios que limpas todos os dias..
Mas não controlas que crias em tem redor e dentro de ti.

Depois de tanto andares paras e ves que a arvore que plantas-te agora secou pelo que fizes-te... Não sabes o que fazer e entretanto as folhas caiem como lágrimas que chovem e que destroem a arvore.

Quem sou?

Tu sabes bem mas não queres aceitar e vai me matando e agora? Fizeste-me cair dali onde era verde e forte, a criar botões, como aqueles que na natureza criam nas arvores... Criam ainda eu já não sei criar, não sei me expandir, só vejo os corvos a aparecerem e destruirem o que resta de mim.
Porque foi a tua escolha.. Não me queres aqui e limpas-me pois não sou digno do teu jardim, sou apenas erva daninha que a teus olhos estraga tudo e arrancas-me e deixas-me, como uma folha morta no meio do caminho de nenhures...

Apenas uma folha como as lágrimas que limpas e que passam... Apenas isso e nada mais.

Posso ter sorrido, posso ter estado feliz.. mas para que? gostei mas agora só sei o que são lágrimas neste caminho.

sábado, outubro 20, 2007

Nada apenas silencio agora..

Olho em volta como tão estúpido sou outra vez!

Pego cuidadosamente e construo algo delicado, como uma fantasia singela pura e inocente que enchia a vista e por momentos de um modo tão inocente e cego colocava um sorriso envergonhado enquanto olhava a volta se escondendo para não o perder outra vez, mas...
Tento expandir e o que acontece como sempre.

Ao chão atirada com força e raiva lacrimejante que verte todo o tempo, era só e apenas mais um lotus de cristal que tão cuidadosamente criava mas agora, agora só resta pó que enche o chão, o mesmo onde de joelhos estou olhando para o nada outra vez perdido...

Farto disto, estúpido, tudo com cuidado para acabar como sempre... mais uma ferida. Igual a todas as outras que sangram em silencio, cheias de magoa e do liquido que se mistura com os fragmentos de flores de cristal... todas diferente. Mas que interessa?
Estam partidas e o silencio vazio só é interrompido pelos soluços e o som das lágrimas que me dizem:


"Mais uma vez somos o teu mais sentido silencio que te resta... nada e apenas silencio agora.."

quarta-feira, outubro 17, 2007

Só mais dia sentido em teus braços...

Nada, nem um som!
Toca agora mais uma vez a hora de me acalmar, a hora de me enfrentar...

Estás e nem os meus sonhos tremem quanto eu mesmo, mas afinal é só um telefone.
Despejas-me como se fossemos um separados por ti, e acalmas-me. A neblina levanta mas os nervos não param, embora aos poucos se tornarem normais...

Por fases o dia tem corrido e agora parou onde andamos e tudo me corta.
Mais uma vez me perco em passado que levo carregado de saudade, o mesmo que queres que não carregue como cruz mas...

Não quero ir para casa, e voltar ao suplicio de não saber de ti! Quero me perder em folhas mortas no chão onde os nossos cabelos são um com as varias cores do outono que nos vi e volta a nos ver de diferentes modos...
Os caminhos parecem solitários e sem grande sentido, não está aqui. Passo por eles vezes sem conta tentando-me perder mas tu não me deixas nem nasci para me perder de ti, e por tua culpa volto aqui e escrevo, da maneira mais minha que me ensinas-te a me mostrar a nós, e enquanto isso encostas a tua cabeça no meu ombro a espera de uma festinha, um carinho, mas não estás mas sinto-te como assim o queres. Dás comigo em louco ou então simplesmente eu dei comigo no extermínio total da sanidade por uma obsessiva necessidade de saber de ti e de te querer a mesma que considero perigosa e que tanto temo que seja um mal teu..

Inspiro e sinto no ar teu perfume que temo ser o meu fim num sonho eterno por ti.
Louco! Obcecado! Paranóico! Tonto! Imbecil! Criança inocente que me digo e vejo enquanto tu me confortas me negando enquanto me deito outra vez em teu colo que te derrete enquanto desmanchas os caracóis que tanto gostas, e te delicias enquanto recordo o que éramos naquele outono perfeito que arruinei...

Sempre eu, sempre o mesmo, mas mesmo assim tu continuas aqui e entrego-me a ti e durmo em tens braços onde sei que posso dormir mais uma noite...

E no ultimo suspiro de todas as noites a palavra Desculpa ecoa enquanto a tua presença permanece e a ultima lágrima do dia fecha mais uma pagina a este eterno diário de nós que mal começou.