Tempo passa em seu redor como se brisa de nada fosse, igual ao silencio incansável que mortifica este local.
O Mesmo grita a importância daqueles que hoje jazem aqui, visíveis ou não o que importa é que já estão mortos! Ali estão, como se muitos se importassem, estendidos e fresquinhos como se ainda vivessem, suas expressões não mudaram e os animais ainda não tiveram coragem de lhes tocar.
Transpiram memorias de tempos que acabaram e pelo que se vê são de menor relevância...
"São apenas mortos.."
Sim... mas merecem o silencio? nem um ultimo adeus recebem e dentro em breve menos se vai se perceber quem são!
São mais uns que foram esquecidos, só que tiveram sorte...
A sorte de morrerem pois andam outros vivos no mesmo pútrido silencio numa fatídica busca para terminar com o silencio que criaram..
Não...
Que dizes tu?
Que sabes tu do sofrimento, e dos gritos mudos que lançam no desespero! Pobres almas condenadas ao desespero eterno do esquecimento que seu entes perpetuam com um silencio total em sua memoria enquanto os vêm bem sem te darem a mão quando a pedem e gritam por ela!
Vagueiam no silencio e nada conseguem dizer, desesperam nesta solidão tão cheia, de gente, de esquecidos... os mesmos que tentam passar e em gritos ensurdecedores perdem os últimos suspiros de existência. Acabam ali por tudo o que fizeram..
Acabam...
Como o silencio, que morre com a civilização e que renasce com o esquecimento.
domingo, dezembro 30, 2007
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Silêncio para qualquer um!
Silêncio para um amor, sofrimento de ansiedade incessante.
Gente incessante.
Mentes incessantes.
Gosto do que escreves Diogooooo ***
Enviar um comentário