segunda-feira, outubro 22, 2007

Folha no meio de caminho algum...

Caminhas em volta de cruzamentos vazios que limpas todos os dias..
Mas não controlas que crias em tem redor e dentro de ti.

Depois de tanto andares paras e ves que a arvore que plantas-te agora secou pelo que fizes-te... Não sabes o que fazer e entretanto as folhas caiem como lágrimas que chovem e que destroem a arvore.

Quem sou?

Tu sabes bem mas não queres aceitar e vai me matando e agora? Fizeste-me cair dali onde era verde e forte, a criar botões, como aqueles que na natureza criam nas arvores... Criam ainda eu já não sei criar, não sei me expandir, só vejo os corvos a aparecerem e destruirem o que resta de mim.
Porque foi a tua escolha.. Não me queres aqui e limpas-me pois não sou digno do teu jardim, sou apenas erva daninha que a teus olhos estraga tudo e arrancas-me e deixas-me, como uma folha morta no meio do caminho de nenhures...

Apenas uma folha como as lágrimas que limpas e que passam... Apenas isso e nada mais.

Posso ter sorrido, posso ter estado feliz.. mas para que? gostei mas agora só sei o que são lágrimas neste caminho.

2 comentários:

ragdoll disse...

[Re]soubeste o que era ficar com as palavras entaladas na garganta, mas sabes o que é ficar sem palavras por sentires pior que o que elas conseguem descrever?

Vanessa Lourenço disse...

Também me sinto a erva daninha do jardim de outrém, só não percebo como pude ser em tempos a árvore que florescia e dava sombre e vida ao mesmo jardim, será que somos nós que mudamos ou são as circuntâncias que nos fazem mudar? talvez nem tenhamos nada que haver com isso...somos passageiros que ficaram no ligar errado...um beijo.*