Nada, nem um som!
Toca agora mais uma vez a hora de me acalmar, a hora de me enfrentar...
Estás e nem os meus sonhos tremem quanto eu mesmo, mas afinal é só um telefone.
Despejas-me como se fossemos um separados por ti, e acalmas-me. A neblina levanta mas os nervos não param, embora aos poucos se tornarem normais...
Por fases o dia tem corrido e agora parou onde andamos e tudo me corta.
Mais uma vez me perco em passado que levo carregado de saudade, o mesmo que queres que não carregue como cruz mas...
Não quero ir para casa, e voltar ao suplicio de não saber de ti! Quero me perder em folhas mortas no chão onde os nossos cabelos são um com as varias cores do outono que nos vi e volta a nos ver de diferentes modos...
Os caminhos parecem solitários e sem grande sentido, não está aqui. Passo por eles vezes sem conta tentando-me perder mas tu não me deixas nem nasci para me perder de ti, e por tua culpa volto aqui e escrevo, da maneira mais minha que me ensinas-te a me mostrar a nós, e enquanto isso encostas a tua cabeça no meu ombro a espera de uma festinha, um carinho, mas não estás mas sinto-te como assim o queres. Dás comigo em louco ou então simplesmente eu dei comigo no extermínio total da sanidade por uma obsessiva necessidade de saber de ti e de te querer a mesma que considero perigosa e que tanto temo que seja um mal teu..
Inspiro e sinto no ar teu perfume que temo ser o meu fim num sonho eterno por ti.
Louco! Obcecado! Paranóico! Tonto! Imbecil! Criança inocente que me digo e vejo enquanto tu me confortas me negando enquanto me deito outra vez em teu colo que te derrete enquanto desmanchas os caracóis que tanto gostas, e te delicias enquanto recordo o que éramos naquele outono perfeito que arruinei...
Sempre eu, sempre o mesmo, mas mesmo assim tu continuas aqui e entrego-me a ti e durmo em tens braços onde sei que posso dormir mais uma noite...
E no ultimo suspiro de todas as noites a palavra Desculpa ecoa enquanto a tua presença permanece e a ultima lágrima do dia fecha mais uma pagina a este eterno diário de nós que mal começou.
quarta-feira, outubro 17, 2007
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1 comentário:
Adorei, muito bom e estranhamente espelhavél. Um beijo.*
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